Mas o clima que temos sentido ao longo deste verão leva-me a desejar o Agosto com mais ansiedade do que é normal. O vento é uma constante que faz parecer que o raio de um anti-ciclone veio fazer férias aos Açores e deixou um rasto que se sente desde o início do verão. Claro que para o turista que visita a capital, esta brisa até é agradável para passear pelas ruas cheias de história. Mas para o típico veraneante da Costa da Caparica e arredores, Deus me livre, esgota a paciência ao mais calminho dos frequentadores da costa portuguesa. Foi um verdadeiro golpe de rins, uma entrada a pés juntos esta partida com que o verão decidiu presentear-nos.
Claro que estou a generalizar e a pintar o país todo com a mesma tinta. Mas também sei que tuga que é tuga, passa sempre umas férias bem escaldantes com um clima havaiano, nem que na realidade esteja a ir tudo pelos ares, do chinelo ao chapéu de sol e a ser cobaia de uma esfoliação à base de areia da praia.
Também não deixa de ser verdade que férias são sempre férias e que por isso, quer chova quer faça sol, sabe sempre bem oxigenar a massa cefálica com ares de outras terras.
Mas é injusto dizer que foi sempre assim. Dias houve em que se conseguiu passar uns momentos agradáveis que permitiram tirar fotos como o por do sol no início deste post. Que o mês de Agosto seja mais rico em momentos assim.
Na ordinarice disfarçada, presente em algumas músicas, que fazem as delícias dos estudantes na queima das fitas e dos imigrantes no verão, encontramos comumente a letra que nos diz de forma insinuosa que o melhor dia para casar é o 31 de Julho porque depois entra "Agosto".
Duvido que assim seja, mas espero que seja o melhor período para ir de férias, que o raio do anti-ciclone esteja a acabar as suas e vá trabalhar para outro lado.
Estou quase a começar as minhas e convido o vento e o frio a irem gozar as deles na outra metade do planeta. Boas férias!!