Cheguei à conclusão de que aquela cidade tinha todo o encanto de que se ouvia falar e muito mais. Uma cidade mágica em que cada esquina revela uma sensação diferente.
A ponte do amor, onde antes os casais podiam colocar um cadeado e deitar a chave ao rio para eternizar a sua união;
A avenida dos Champs Elysées com uma imensidão de lojas, é verdade que não são para todas as carteiras, assim como não são para a minha, mas que enchem aquela zona da cidade de vida e movimento;
O rio Sena, com as suas margens encantadoras, onde aqui e acolá damos com artistas à procura de inspiração, devoradores de livros que ali encontram um ambiente otimizado de leitura e os casais apaixonados que ali tentam aproveitar o momento para fortalecer a sua relação tendo como pano de fundo o rio com os seus barcos com telhados de vidro para cá e para lá a serpentear pelas pontes que mais parecem peças de arte que riscam a cidade duma margem para a outra.
E agora é aquela altura em que vocês perguntam - porque está este gajo a escrever sobre uma viagem que fez em 2008?
A verdade é que estava a pensar nisso e lembrei-me o quanto parecem frágeis os telhados daquelas "barcaças" envidraçadas. Todos nós parecemos ter uma fragilidade idêntica. Não que haja algum problema com isso, afinal somos apenas humanos!
O problema está quando achamos que somos naturais de um planeta distante, tipo Krypton (para os mais leigos este é o planeta de origem do Super Homem) e por isso temos poderes sobrenaturais que nos tornam mais fortes que o comum dos mortais, o que faz com que achemos que telhados de vidro é uma coisa que não nos assiste. DEUS NOS PERDOE TANTA MEDIOCRIDADE!
Somos pessoas, caramba! Que direito temos de falar dos outros se temos tantas coisas para resolver nas nossas vidas? Eu até percebo que algumas vidas são tão fúteis, tão cheias de nada, que para se tornarem mais hilariantes têm de ser preenchidas com os "disses que disse" da vida dos outros.
Mas para não criar esse desejo, ocupem a vossa vida. Por exemplo, leiam um livro! Se isso for muito exigente, inscrevam-se num workshop de costura ou de culinária (e cozinhar é tão bom), dediquem-se a uma causa.
Mas para não criar esse desejo, ocupem a vossa vida. Por exemplo, leiam um livro! Se isso for muito exigente, inscrevam-se num workshop de costura ou de culinária (e cozinhar é tão bom), dediquem-se a uma causa.
Mas evitem a todo o custo ler revistas "cor de rosa" e de ver o CM vidas, porque isso ainda irá desenvolver mais a vossa capacidade de inspeccionar os telhados de vidro alheios.
Contudo, se fizerem questão de pensar em telhados de vidro alheios, que sejam os das barcaças que zigazeiam no Sena, dando uma perspectiva diferente de uma das cidades mais bonitas que vi.
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