segunda-feira, 14 de maio de 2018

Welcome Bailey


É verdade! Voltamos a ser uma família de 4 seres. A particularidade de não serem todos humanos é apenas isso, uma partícula no verdadeiro sentido da palavra família. 
 Éramos nós três e o Capitão Nemo, o labrador que por muitos anos nos deliciou com as suas brincadeiras e com o seu pachorrento estilo de vida. Deliciava aos espectadores presentes ver a Didi, que até ali era filha única, ainda com 4 aninhos, a brincar com o seu serviço de cozinha da Moranguinho enquanto o Nemo fazia de visita, ao sentar-se no topo da mesa do jardim, aguardando pacientemente o prato que carregava a bolacha Maria que ele iria devorar num literal abrir e fechar de olhos. Aquela bolacha fazia com todo aquela espera valesse a pena. E se ele esperava! Sim, que a pequena não estava sempre a alimentar o bicho, o objectivo era prendê-lo àquela brincadeira o mais tempo possível.

 Dava um gozo, principalmente no verão, ir caminhar com o capitão. Quando chegava a casa, após alguns quilómetros, já parecia um caranguejo, a andar de lado, não fosse o nome do sujeito ligado às aventuras marítimas. E se ele gostava de praia!
 Foram muitos momentos marcantes, divertidos, carinhosos, que criaram, com a partida do capitão, uma revolta que assolou a família durante algum tempo, a ponto de ser unânime a ideia de que “animais nunca mais.” Mas já estávamos tão habituados à ideia de uma família de 4 membros, que depressa voltou o bichinho de querer fazer crescer o clã. Não era uma substituição, o Nemo é insubstituível, era antes um acrescento ao nosso coração.
 Assim surgiu o Bailey, o beagle cá da casa. 
 O nome foi uma escolha da Didi, afinal ela é que é a beagle’s mamma.
 Não foi uma ideia unânime, mas consensual, a que nos levou até Pombal para ir buscar este menino de olhos mimados. Pura ilusão, afinal o jeitoso é um atrevido de primeira, sempre disposto a ir à aventura e em busca de novas descobertas. Tão eu o raio do cão, aventureiro, extrovertido, mas lá no fundo um mimado por natureza.
Tem sido uma vivência tão divertida quanto desafiadora. Ter outro ser aos nossos cuidados exige dar de nós 24 horas por dia, exige fazer planos em cima dos planos. Agora há uma pergunta que tem de vir sempre quando se planeia o que quer que seja, “como é com o Bailey?” Sim, porque o Bailey agora faz parte. 
 Mas é tão bom! Vê-lo adormecer com a cabeça no nosso colo, a correr com aquelas orelhas a esvoaçar, a olhar-nos com a cabeça de lado como se perguntasse “como é?”.
 É bom ver a evolução, semana após semana, ver aquele menino tornar-se num rapagão.
 Vou tentar partilhar convosco essa peripécia com a regularidade possível.
 Aguardem notícias de novas aventuras.
 

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