segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Chaves-N2-Faro, 2a etapa - de Lamego a Santa Comba Dão



Acordar fresquinho e recuperado sem qualquer sequela da dureza do dia anterior criou em mim uma falsa expectativa de que iria ser sempre assim. Não sei se será ou não. Amanhã quando acordar vou conseguir testemunhar isso. Mas uma coisa é certa, dureza rima com beleza e este dia provou isso mesmo. 
 A saída de Lamego foi marcada por um fresquinho que fazia arrepiar as peles mais sensíveis. Mesmo assim arrisquei não levar roupa mais quentinha até porque o início da etapa era marcada por uma  subida de mais de 15 quilómetros até Bigorne. 


 Depois disso fomos embalados por umas valentes descidas até Castro Daire, onde fomos muito bem recebidos pelo Staff da Câmara Municipal que nos deu dicas que se mostraram muito úteis ao longo do dia. Também na rua éramos abordados por transeuntes que mostravam grande admiração e apreço pelo que estávamos a fazer e isso é muito motivador para quem se aventura nesta estrada. Gente impecável aquela!
 De seguida seguimos caminho para Viseu onde fui surpreendido por umas valentes subidas das quais não estava à espera e que mais tarde no dia iriam mostrar o resultado de tal esforço. 


 Mas a visita mostrou-se igualmente marcante. A baixa da cidade é magnífica, cheia de vida e de história, com pessoas para cá e para lá que, resultado da rotina diária se esquecem da beleza que os envolve.
 Já para nós, por a nossa presença ali ser rara, tudo cheira a novo. É como se fosse a primeira vez. 
 Não posso deixar de agradecer ao Tiago da câmara municipal de Viseu pelo envio dos passaportes de EN2 que nos tem mantido entretidos em busca dos carimbos que comprovam a nossa passagem ali.
 Já de barriguinha cheia e um pouco mais recuperados, lá seguimos pela ecopista do Dão. 
 Foi uma agradável surpresa com estações antigas comboios a vapor e uma vista lindíssima que nos transportou a outros tempos, antigos esses, em que se vivia outros gostos e outros hábitos que hoje não passam de referências históricas. 




A meio da ecopista fomos brindados com a companhia da Joana e do Rui, uns amigos da Marta que se mostraram muito simpáticos e nos deram boas referências do que irá ser o dia de amanhã.


 Chegados a Santa Comba Dão, fomos recebidos pelo senhor António na Casa das Argolas, uma residencial um tanto ou quanto sinuosa que ocupa uma casa palaciana. Chão de madeira que range a cada passo e com colchões da idade da casa e com um aspecto que já merecia uma reforma. Apesar de tudo isso o senhor António foi muito prestável e mereceu toda a nossa consideração. Cansados mas de coração cheio, foi tomar um banho e desfrutar do descanso à mesa do restaurante Bom Regresso. Amanhã há mais!

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